A Câmara dos Deputados realizou, na última terça-feira (19), uma Sessão Solene em homenagem aos atuais e novos integrantes do BRICS, destacando a expansão do bloco e sua relevância na governança global. O evento foi promovido pela Frente Parlamentar do BRICS no Congresso Nacional, sob a presidência do deputado federal Fausto Pinato (PP-SP), e reuniu autoridades governamentais, parlamentares e representantes diplomáticos dos países membros e parceiros.
A cerimônia celebrou o fortalecimento da cooperação entre as nações emergentes e marcou a transição da presidência rotativa do BRICS para o Brasil em 2025, ano em que o país também sediará a COP30 de Mudanças Climáticas, consolidando seu papel na agenda global de desenvolvimento sustentável.
Entre os presentes na mesa de honra estavam o senador Irajá (PSD-TO), presidente do Grupo Parlamentar de Relacionamento com o BRICS; o embaixador Mauricio Lyrio, representante do Ministério das Relações Exteriores e designado como sherpa do BRICS; a empresária Janete Vaz, presidente do Women Business Alliance; e o embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy.
BRICS: expansão e protagonismo global
Durante seu discurso, o deputado Fausto Pinato ressaltou que o BRICS vai além da cooperação econômica, funcionando como um importante foro de articulação política e diplomática entre nações emergentes. Ele destacou o papel do bloco na reformulação da governança global, buscando um sistema mais equilibrado e inclusivo.
“O BRICS funciona como um escudo econômico e político, garantindo que seus membros tenham mais força e representatividade nas negociações globais. Nossa missão é continuar promovendo o desenvolvimento socioeconômico sustentável, sem abrir mão da soberania nacional e dos interesses estratégicos de cada país”, afirmou Pinato.A expansão do BRICS, que agora conta com 11 países membros e 9 países parceiros, foi um dos pontos centrais da cerimônia. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o bloco passou a incluir Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Já a lista de países parceiros contempla Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão – totalizando 20 países no agrupamento.
Fausto Pinato revelou ainda que mais de 30 países manifestaram interesse em integrar o BRICS ao longo de 2024, reforçando a crescente influência do bloco no cenário geopolítico global.
Brasil assume liderança do BRICS em 2025
A presidência rotativa do BRICS será assumida pelo Brasil em 2025, e o país terá a responsabilidade de conduzir as discussões e estratégias do bloco ao longo do ano. O ponto alto da gestão brasileira será a Cúpula dos Líderes do BRICS, marcada para os dias 6 e 7 de julho de 2025, no Rio de Janeiro.
“Teremos a missão de aprofundar a cooperação entre os membros, atrair novos investimentos e consolidar ainda mais a presença do BRICS na economia global”, afirmou Pinato.Além da agenda econômica, a sustentabilidade esteve no centro dos debates. O parlamentar anunciou a adesão da Frente Parlamentar do BRICS aos 20 Princípios Norteadores do ESG para o Marco Regulatório do Desenvolvimento Sustentável, no âmbito do programa ESG20+.
Sessão foi marcada por homenagens e diplomacia
O evento também contou com a entrega de moções de honra e louvor aos representantes diplomáticos dos países membros e parceiros do BRICS, reforçando a importância da cooperação internacional para o desenvolvimento econômico e social.
O consultor Enzo Bocchino, da Farol Log, atuou como intérprete oficial da Sessão Solene, garantindo a fluidez da comunicação entre os representantes dos diversos países presentes.
A cerimônia reuniu mais de 50 representantes diplomáticos, autoridades governamentais e lideranças institucionais, reforçando o protagonismo do Brasil na construção de um modelo de governança global mais inclusivo, sustentável e equilibrado.
Com o Brasil na liderança do BRICS e o crescimento do bloco, as expectativas para 2025 são altas. O país se prepara para um ano de grande protagonismo internacional, consolidando-se como peça-chave na diplomacia e no desenvolvimento sustentável global.
Fonte: Portal da Câmara dos Deputados.