Brasília recebe ESG Summit Brazil 2025 e destaca papel do Brasil na liderança verde global

Evento reuniu mais de 100 lideranças nacionais para impulsionar o desenvolvimento sustentável no ano da COP 30

No dia 23 de abril, Brasília foi palco de uma das discussões mais relevantes sobre sustentabilidade realizadas no país em 2025. A capital federal sediou o ESG Summit Brazil, encontro que reuniu empresários, autoridades públicas, diplomatas e representantes da sociedade civil para debater propostas inovadoras diante dos desafios ambientais, sociais e econômicos do Brasil e do mundo.

A edição de Brasília marcou a terceira parada do summit, que passou anteriormente por Florianópolis e São Paulo. A iniciativa acontece em um ano estratégico, com o Brasil se preparando para sediar a COP 30 e assumindo o protagonismo internacional na agenda ambiental.

“Nos últimos 100 dias, tivemos acontecimentos decisivos na conjuntura da economia global. Este é o momento ideal para que o Brasil reforce sua vocação como exportador de soluções sustentáveis. Temos recursos naturais, biodiversidade e inteligência para liderar a transição energética, a segurança alimentar e a bioeconomia”, afirmou Lucas Martins, CEO da WVN Brasil e um dos realizadores do evento.

O ESG Summit Brazil é um think tank itinerante e independente que promove encontros em formato de ecossistema colaborativo. Entre os participantes estiveram nomes de destaque do setor público e privado, como o designer, artista e médico Oskar Metsavaht, fundador da marca Osklen e do Instituto-E, reconhecido pelo seu trabalho em moda sustentável.

“Quando olho para a moda, vejo as fibras, os corantes, a biodiversidade brasileira. Podemos utilizar nossos recursos naturais para deixar um mundo melhor para as próximas gerações”, disse Metsavaht. “A indústria da moda é uma das que mais poluem no mundo. Temos a chance de liderar uma nova economia baseada na nossa cultura, criatividade e natureza.”

Representando o setor de infraestrutura, Cristina Castro, superintendente da ANTAQ, destacou o papel dos dados e da regulação: “Temos 150 portos no Brasil. O desafio é compreender suas especificidades e criar métricas claras para mensurar o desempenho ambiental. ESG é avaliação contínua — e dados são o novo petróleo.”

Na visão da especialista Jurema Andrade, a governança colaborativa será decisiva: “O Brasil precisa fomentar alianças que ampliem sua capacidade de crescimento com foco em infraestrutura sustentável. Estamos vivendo um momento de escuta ativa do governo e de oportunidade para apresentar propostas transformadoras.”

O evento contou ainda com participações de Marcelo Freixo, presidente da Embratur, que reforçou os esforços para melhorar a infraestrutura turística na Amazônia, e de representantes de empresas como Airbnb, além de painéis mediados por Rafael Brito.

A Farol Log marcou presença com seu Head de Inovação, Pedro Barbosa, que acompanhou os debates e reforçou o papel do setor de infraestrutura e logística na construção de soluções sustentáveis. “Acreditamos que mudanças sistêmicas exigem articulação e coragem. O Summit nos oferece esse ambiente de construção coletiva, onde a inovação social encontra espaço para se tornar política pública”, afirmou.

Com edições previstas ainda em Madri, Paris, Milão, Lisboa, São Paulo e Belém, o ESG Summit Brazil segue sua missão de consolidar o Brasil como referência global na nova economia verde.